Quem se sentir descalça
de um pé de sapatos...
por favor, grite: Cinderela sou
sapato semeei
e do chão fecundo de palavras
um pé de sapatos nasceu
achaste então que os sapatos
são seres mortos?
os sapatos nascem
crescem centímetro a centímetro
alargam-se nas juntas
descosem-se nos bordos
e ó despois
morrem
como tudo o que vive
. . . . . . . . . . . . . . . . .. aqueles antigos sapatos...
também têm alma
um barbudo
UM B-LOG PARA AS MÚMIAS QUE FAZEM APARIÇÕES EM TODAS AS COVAS D'IRIA DO PAÍS PARA SE RIREM DE NOSSAS DESGRAÇAS MONTADAS NAS TARTARUGAS DO REGIME....PAS LE GOUVERNMENT LE REGIME
Thứ Bảy, 11 tháng 9, 2010
Thứ Hai, 6 tháng 9, 2010
PALAVRAS VIVAS DOS MORTOS
é natural que o discurso científico precise de facto de saneamento ideológico.
A metáfora nunca é inócua, nasce do impulso, consciente ou inconsciente, de moldar pelo nosso o ponto de vista dos outros.
Em resumo, mesmo nas ciências, o discurso figurado resulta da intenção de o pseudo-cientista se esquivar à verdade para manipular a sensibilidade alheia.
Que o Homo ludens é um fingidor, todos o sabemos. Mas passamos por cima da evidência de que a nocividade não é da linguagem, sim da intenção de quem a usa desta maneira e não daquela. É claro que a linguagem, em mãos pouco escrupulosas, é uma arma ofensiva, instrumento de manipulação ideológica.
O Prof. Sacarrão preocupava-se com o facto de o discuro biológico transportar conceitos da esfera zoológica para a antropológica e vice-versa. Dizer que os genes são egoístas ou altruistas, que entre os animais há luta pela sobrevivência, que só sobrevivem os mais aptos, que há estratégias adaptativas, etc., era para ele metaforizar.
Ora, se realmente também sobrevivem os menos aptos, se espécies bem adaptadas se extinguem, se os genes não têm sentimentos, se as abelhas não dispõem de aparelho conceptual que Ihes permita estudar tácticas e desenvolver estratégias, então estamos sem dúvida na presença de metáforas.
Metáforas que aliás resultam em erros científicos, com a agravante de que, em sistemas políticos não democráticos, uns homens as podem usar como legitimações biológicas para liquidarem, deportarem e dividirem em castas,outros homens.
Se o Prof. Sacarrão, que nunca demonstrou tendências pessimistas, se inquietava tanto com a dimensão perniciosa da metáfora, é porque TODO o discurso HUMANO precisa de saneamento
A metáfora nunca é inócua, nasce do impulso, consciente ou inconsciente, de moldar pelo nosso o ponto de vista dos outros.
Em resumo, mesmo nas ciências, o discurso figurado resulta da intenção de o pseudo-cientista se esquivar à verdade para manipular a sensibilidade alheia.
Que o Homo ludens é um fingidor, todos o sabemos. Mas passamos por cima da evidência de que a nocividade não é da linguagem, sim da intenção de quem a usa desta maneira e não daquela. É claro que a linguagem, em mãos pouco escrupulosas, é uma arma ofensiva, instrumento de manipulação ideológica.
O Prof. Sacarrão preocupava-se com o facto de o discuro biológico transportar conceitos da esfera zoológica para a antropológica e vice-versa. Dizer que os genes são egoístas ou altruistas, que entre os animais há luta pela sobrevivência, que só sobrevivem os mais aptos, que há estratégias adaptativas, etc., era para ele metaforizar.
Ora, se realmente também sobrevivem os menos aptos, se espécies bem adaptadas se extinguem, se os genes não têm sentimentos, se as abelhas não dispõem de aparelho conceptual que Ihes permita estudar tácticas e desenvolver estratégias, então estamos sem dúvida na presença de metáforas.
Metáforas que aliás resultam em erros científicos, com a agravante de que, em sistemas políticos não democráticos, uns homens as podem usar como legitimações biológicas para liquidarem, deportarem e dividirem em castas,outros homens.
Se o Prof. Sacarrão, que nunca demonstrou tendências pessimistas, se inquietava tanto com a dimensão perniciosa da metáfora, é porque TODO o discurso HUMANO precisa de saneamento
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